Montemor-o-Novo recebeu, no dia 17 de maio, mais uma edição do curso de formação 'eTwinning vai à Escola'. A iniciativa decorreu no Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, e foi organizada pela Organização Nacional de Apoio eTwinning, DGE|ERTE e pelo Centro de Formação Beatriz Serpa Branco.
A sessão de abertura contou com as palavras de boas-vindas de Virgínia Esteves, da ONA eTwinning, ERTE|DGE, de Maria José Silvestre, diretora do CFAE Beatriz Serpa Branco, e de Carla Alface, adjunta do diretor do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, que enalteceram a importância do envolvimento dos professores nesta comunidade europeia de aprendizagem colaborativa, sublinhando o papel do eTwinning como motor de mudança educativa.
Seguiu-se a sessão plenária “O que é o eTwinning|ESEP?”, conduzida por Virgínia Esteves, que apresentou o enquadramento institucional da iniciativa e a nova European School Education Platform (ESEP). A oradora destacou as oportunidades que esta plataforma oferece às escolas e aos professores europeus, como a possibilidade de trabalhar colaborativamente, desenvolver projetos transnacionais e aceder a espaços de formação, recursos e networking pedagógico. A sessão reforçou também a articulação entre o eTwinning e os princípios das políticas educativas nacionais, nomeadamente
ao nível da autonomia e flexibilidade curricular, do desenvolvimento profissional docente e da integração das tecnologias digitais.
Durante a manhã, decorreu também uma Mesa Redonda dedicada à “partilha de práticas” eTwinning, moderada pelas embaixadoras eTwinning Carla Louro e Goreti Alves, onde foram apresentados projetos desenvolvidos em diferentes contextos educativos de várias escolas da região:
-
“Following the quake” por Emília Isaías (AE Montemor-o-Novo),
-
“Discover your Talent” por Sónia Crujo (AE Manuel Ferreira Patrício - Évora),
-
“Divert(j)tempo” por Rosário Beijocas, Fátima Carvalho, Vanda Lopes e José Luís Carvalho (AE n.º 1 de Elvas).
Estas práticas evidenciaram como o eTwinning pode promover ambientes de aprendizagem mais motivadores, através da integração curricular, do uso pedagógico das tecnologias e da adoção de metodologias centradas no aluno. Destacou-se a colaboração entre parceiros, a inovação pedagógica e a valorização da autonomia dos alunos. A documentação cuidada e os resultados alcançados reforçam o impacto positivo e a sustentabilidade destas iniciativas no contexto escolar.
À tarde, na Mesa Redonda "Aprendizagens que inspiram", foram partilhadas experiências inovadoras como:
-
“Super Searchers” por Fátima Bonzinho (Rede de Bibliotecas Escolares), destacando o papel da literacia da informação na formação de cidadãos críticos e responsáveis;
-
“Clube de Robótica e Programação AE3Elvas” por Bruno Monteiro (AE n.º 3 de Elvas), mostrando como a aprendizagem baseada em projetos pode despertar o interesse dos alunos pelas STEM e conduzir a um reconhecimento nacional e internacional;
-
“Recursos Educativos Digitais para o 1.º Ciclo: Ilha Periscópio” por Ana Silvestre (ERTE|DGE), revelando um conjunto de materiais digitais destinados ao 1.º Ciclo, concebidos para desenvolver competências digitais desde os primeiros anos de escolaridade.
A tarde prosseguiu com a sessão plenária “Cidadania Digital”, dinamizada por Luís Santos, Embaixador Digital do CFAE Beatriz Serpa Branco, que brindou os participantes com uma apresentação envolvente, repleta de sentido crítico, atualidade e um toque de humor bem colocado. De forma clara e acessível, abordou as competências digitais essenciais no contexto educativo, sublinhando a importância da literacia digital, da segurança online e do bem-estar digital. Com exemplos práticos e situações do quotidiano escolar, mostrou como as escolas têm um papel fundamental na formação de utilizadores conscientes, críticos e responsáveis no mundo digital. A sua abordagem, simultaneamente rigorosa e descontraída, permitiu refletir de forma profunda, e até divertida, sobre os desafios e as responsabilidades da educação para a cidadania digital na era da inteligência artificial e das redes sociais.
A sessão de encerramento ficou a cargo de Virgínia Esteves, que agradeceu a presença e o entusiasmo de todos os participantes e reforçou a importância de continuar a investir em práticas pedagógicas inovadoras e colaborativas.
A iniciativa foi marcada por um ambiente de entusiasmo e partilha, confirmando o eTwinning como uma estratégia de inovação e desenvolvimento profissional docente, contribuindo para a construção de uma escola mais europeia, criativa e inclusiva.
